quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

CNJ autoriza juízes a usarem Chat GPT na produção de ações

Conselho Nacional de Justiça considera a automatização por meio de IA benéfica para o sistema judicial

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, por unanimidade, permitir o uso da ferramenta de inteligência artificial ChatGPT na elaboração de atos processuais. O órgão exige apenas que haja supervisão humana em todas as etapas. A sessão virtual que definiu a decisão foi encerrada na última quinta-feira, 4.

O CNJ considera que a automatização proporcionada por tecnologias como o ChatGPT é benéfica para o sistema judicial, mas enfatiza a importância da revisão por parte dos profissionais envolvidos na construção dos processos.

“OS JUÍZES E PROFISSIONAIS DO DIREITO DEVEM MANTER A PRERROGATIVA DE REVISÃO E CONTROLE DAS DECISÕES GERADAS PELAS FERRAMENTAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, PRESERVANDO O EXERCÍCIO DO JULGAMENTO HUMANO E A RESPONSABILIDADE ÉTICA”, DIZ O ACÓRDÃO.

O conselheiro João Paulo Schoucair destacou que “ferramentas dessa natureza oferecem um potencial significativo para aprimorar a eficiência e a eficácia do sistema judicial, porém, sua aplicação requer cuidados específicos, relacionados à ética, à equidade e à responsabilidade no uso das novas tecnologias”.

A importância da revisão humana

A decisão do CNJ baseia-se em um parecer técnico assinado por Bandeira de Mello, conselheiro do órgão. O especialista analisa regulamentações de IA em vários países, além da discussão do marco legal em tramitação no Senado Federal e do trabalho do Conselho de Justiça sobre o tema.

Diante das discussões, o CNJ criou um grupo de trabalho para estudar e propor uma regulamentação do uso de sistemas de inteligência artificial generativa no Poder Judiciário.

O grupo irá tratar da governança no desenvolvimento, manutenção e uso de soluções de IA, auditoria de modelos de IA, gerenciamento de riscos e práticas permitidas, reguladas e proibidas.

Eduardo Corrêa
Eduardo Corrêahttps://direitoconectado.net
Apaixonado por tecnologia. Professor da disciplina Direito e Tecnologias Digitais. Coordenador Adjunto do Curso de Direito do Centro Universitário Fibra. Líder do projeto de extensão DireitoConectado.Net

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